Vida ou Morte.

São quase meia noite.

E estou aqui sozinho.

Caminhando sem destino.

Numa avenida a beira mar.

E a luz do luar a me iluminar.

Ouço ao longe o mar clamar.

Me parece um canto triste.

De uma sereia nas ondas a cantar.

Sinto que a um mistério no ar.

Um vento forte a assoviar.

Trazendo uma neblina densa.

Fico então a pensar.

Muitas coisas a imaginar.

E o meu coração o medo a tocar.

Percebo que a magia esta a me rodear.

Que uma força estranha esta a me levar.

Em certa direção estou a caminhar.

Não sei onde vai dar nem onde vai parar.

Mas uma certeza tenho que estou a mercê.

E meu corpo todo começa a estremecer.

Mas continuo sempre a caminhar.

Tento parar mas esta força faz me andar.

No meio desta neblina que não quer passar.

De repente um vento frio começa a neblina espalhar.

Sinto um calafrio a cada passo.

Então bem alto começo a gritar.

Mas o que ouço é só meu chamar.

É o meu eco nas ondas a replicar.

Pouco a pouco ao longe começo a enxergar.

Uma grande multidão mas parece um batalhão.

Que num idioma estranho vem cantando.

Parece que aos deuses estão louvando.

E o vento forte continua a soprar.

E uma tempestade começa a se formar.

E o meu rastro que na areia que avia ficado.

Uma chuva forte começa apagar.

Em direção da multidão começo a correr.

Mas sinto em meu coração o medo a crescer.

E a grande multidão cantando e gritando.

Seus símbolos bandeiras e armas ao céu levantando.

Cada vez mas perto com destino incerto.

Em minha frente um vulto a me chamar.

Milhares de seres estranhos a me rodear.

Seres magnifico do fundo do mar.

Então o vulto começa a se mostrar.

É uma linda sereia com seus olhos a brilhar.

Chegando quase a me hipnotizar.

E com vós de veludo comigo a falar.

Vim te buscar foi tu que escolhi pra comigo ficar.

E nas profundeza deste reino encantado.

Pela eternidade iremos reinar.

Nova raça iremos formar.

Não tenha medo sua vida ja foi desenhada.

E nas paginas do tempo foram gravadas.

E também a escrevi nas linhas do destino.

Só lhe resta seguir esta é tua sina.

Mas se quiser pode mudar.

Esta escrita pode apagar.

E uma nova historia moldar.

Pra tudo diferente começar.

Vou lhe dar esta adaga.

De de ouro e diamante encravado.

E em sua lamina um fogo a queimar.

É só em seu peito enterrar.

E seu coração perfurar.

E o sangue começar a derramar.

Sua vida começa a se dissipar.

E as linhas do destino irão se desintegrar.

Prefiro a vida tirar.

Do que escravo me tornar.

Num reino eterno morar.

Contra a vontade ti amar.

E a adaga ao céu levantei.

E com vós forte gritei.

Jamais serei seu rei.

E a adaga encravei.

E o sangue ali a jorrar.

Areia da praia a manchar.

Vi o tempo pra traz voltar.

E o destino a mudar.

E na areia ensanguentada.

Um corpo ficou ali deitado.

Era o corpo da sereia.

Uma deusa que não amei.

Direitos Reservados Ao Autor

Valentim Eccel

Eccel
Enviado por Eccel em 16/03/2011
Reeditado em 01/07/2022
Código do texto: T2851105
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