ÁGUAS DE SOLIDÃO



A solidão vai com os rios...
Sob aos céus que sempre a guarda
e como chuva tomba sobre a cidade
nas horas retalhadas e tão ambíguas
em que as vilas se voltam para o amanhã
lavando os corpos cansados e desiludidos
abrindo as feridas de esquinas a cada instante
e como ondas bailam sobre os pensamentos
vão e vem, vem e vão,
beijando-se, afastando-se,
conhecendo-se e desconhecendo-se.
e no pulsar itinerante do coração
solitário vão, eis a plenitude exata da solidão.




Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 15/03/2011
Código do texto: T2850428
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