Cardápio poesia
Cardápio poesia
E poesia não se come? Ou nos enternece?
Não mata a fome? Mas da alma aquece
Vem de várias formas que nos carece
No acalmar do verso não se esquece
E poesia tem cardápio, tem que comer
Tem conteúdo a toda prova, e prosa...
Tem verso solto, livre se faz garbosa
Quando se faz lida, nos faz querer
Poema é refeição dos poetas, é manjar
Poesia é bebida é néctar do mais gostoso
Verso é manancial que não irá acabar
Não finda ou morre desse alimento brioso
Em saraus degustamos e sentimos ler
Em discursos valorosos soltamos a fome
A quem nos faz tanto querer escrever
E ela é parte do que se pode comer
Voamos sem asas... Imaginamos!
Andamos sem pés... Viajamos!
Comemos sem boca... Lemos!
André Fernandes