Minhas mãos...

Meus mosqueteiros!

Palavras escritas pelas pontas dos dedos.

Dez são eles, irmãos gêmeos de nascimento.

Tocadores de teclas que rangem no silêncio da noite.

São os meus companheiros, dez mosqueteiros.

Guardam fielmente meus insanos segredos.

Na calada da madrugada recebem as ordens do Eu,

Mestre de mente solene, despojando idéias fatais.

E lá vão eles, escravos fiéis de impulsos tantas vezes mortais,

Deslizando suavemente por teclas quase dormentes,

Transmitem batidas de um coração latente.

Os olhos cerrados, cansados, fitam o alvo que brilha em frente,

Ficam na espera e com cautela, examinam os traços deixados na tela.

O pensamento vai longe, busca fatores inexplorados,

Em questão de segundos um grito soa no silêcio pensante... "heureca"...

E desse fértil solo de pouco adubo, brota mais uma semente.

E o ciclo se completa, mais uma vez em segredos,

De Palavras escritas pelas pontas dos dedos.

Dez são eles, irmãos gêmeos de nascimento.

Tocadores de teclas que rangem no silêncio da noite.

São os meus companheiros, dez mosqueteiros.

LAnDus
Enviado por LAnDus em 15/03/2011
Reeditado em 15/03/2011
Código do texto: T2849552