SUPERFÍCIE

A grosseira superfície do amor
Ninguém pudera corrompê-la tanto
por atos, silêncios e palavras
Novamente deitados na aspereza do seu leito
Um ramo na mão tinhas e quiseste
medi-lo com os lábios 

no centro doloroso do teu corpo
Eu via as tuas mãos que procuravam
nas linhas ávidas o seu limite grosso
Interrompeste o sono magoado do meu corpo
e comigo dormiste sobre as manchas
depois a primeira treva surgiu
a primeira, não a primeira quebra.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 15/03/2011
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