Na trama do bordado
As linhas que passam pelos meus dedos
E resvalam sobre a trama do tecido
Fazem alguns matizes tão bonitos
E embelezam o bordado pretendido
Em meio ao trabalho artesanal
Meu pensamento vai distante
Passa por caminhos sinuosos
Tal linha fosse saindo da agulha
E as lembranças guardadas há um bom tempo
Vão surgindo aos poucos
Entrelaçando as cores
Dando um sombreado às vezes
E também costumam avivar nuances
A cada ponto marcado
A cada trajeto completado
Fica o sonho
O desejo
Os suspiros de saudade
De tempos idos
De amores sentidos
De desencontros no final da tarde
Ah, essa mineiridade
Que além de aprendiz de poeta
Me tornou tecelã.....
Ah, essas montanhas
Que nos cerceiam a visão
que nos condenam à introspecção
de tal maneira tanta
que nos confere
pelo menos de vez em quando
a solidão dos monges
Mas a gente volta à trama do tecido
Ué, mas o que formou aqui?
Cadê o moço que estava
Perto da moça à janela proseando?
Foi-se
Seguiu a estrada rumo ao rio
Lá longe
E ela ficará com o olhar perdido
Na sala de visitas
De alguma pessoa qualquer
Quem sabe desfolhando
Um eterno bem-me-quer,
Mal-me-quer...
As linhas que passam pelos meus dedos
E resvalam sobre a trama do tecido
Fazem alguns matizes tão bonitos
E embelezam o bordado pretendido
Em meio ao trabalho artesanal
Meu pensamento vai distante
Passa por caminhos sinuosos
Tal linha fosse saindo da agulha
E as lembranças guardadas há um bom tempo
Vão surgindo aos poucos
Entrelaçando as cores
Dando um sombreado às vezes
E também costumam avivar nuances
A cada ponto marcado
A cada trajeto completado
Fica o sonho
O desejo
Os suspiros de saudade
De tempos idos
De amores sentidos
De desencontros no final da tarde
Ah, essa mineiridade
Que além de aprendiz de poeta
Me tornou tecelã.....
Ah, essas montanhas
Que nos cerceiam a visão
que nos condenam à introspecção
de tal maneira tanta
que nos confere
pelo menos de vez em quando
a solidão dos monges
Mas a gente volta à trama do tecido
Ué, mas o que formou aqui?
Cadê o moço que estava
Perto da moça à janela proseando?
Foi-se
Seguiu a estrada rumo ao rio
Lá longe
E ela ficará com o olhar perdido
Na sala de visitas
De alguma pessoa qualquer
Quem sabe desfolhando
Um eterno bem-me-quer,
Mal-me-quer...