QUOTIDIANO



Retomo, o ponto de partida
como um presente, o ponto de chegada.
Entre um começo e outro: não há nada !
Exceto o nada da vida vivida.

De olhos deslumbrados
E braços estendidos
E nos lábios incertos levo
O gosto a sol e a sangue dos sentidos.

Desgaste, corrosão do que de novo
em velho se mudou antes de o ser,
Atapetando de flores a estrada que sigo
E carrega de aromas a brisa que me toca.

Cada manhã ressuscito
Hora por hora medito
e busco nas estrelas o infinito.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 15/03/2011
Código do texto: T2849231
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