QUOTIDIANO
Retomo, o ponto de partida
como um presente, o ponto de chegada.
Entre um começo e outro: não há nada !
Exceto o nada da vida vivida.
De olhos deslumbrados
E braços estendidos
E nos lábios incertos levo
O gosto a sol e a sangue dos sentidos.
Desgaste, corrosão do que de novo
em velho se mudou antes de o ser,
Atapetando de flores a estrada que sigo
E carrega de aromas a brisa que me toca.
Cada manhã ressuscito
Hora por hora medito
e busco nas estrelas o infinito.