O REINADO DOS PAPÕES

Andam à solta papões!
Não se trata de miragem.
Eles não se chamam ladrões,
Mas fazem o que eles fazem.
 
Comem muito, comem tudo,
Fazem dos outros capachos!
E o que temem, sobretudo?
Que lhes roubem os seus tachos!
 
O papão mais manhosinho,
Virou um falso engenheiro
E segue, no seu caminho,
Tramando o país inteiro.
 
Há uns que roubam,  por fome,
Outros, por ganância atroz.
Neste roubar, que consome,
Quem se lixa? Somos nós!
 
Os que, por fome, roubaram,
São metidos nas prisões,
Enquanto os papões não param,
De comprar grandes mansões.
 
E neste deixar roubar,
De que todos nos culpamos,
Nós não estamos a cuidar
Da estrada em que caminhamos.
 
De filhos viramos pais,
De pais viramos avós,
De avós virámos culpados,
Dos erros de todos nós.
 
E neste “deixar andar”,
Em que os papões, são vedetas,
Estamos todos a deixar,
Os nossos filhos pobretas.
                                           
Sem sabermos como e quando,
Este roubar começou …
Eles tomaram o comando.
Nossa  vida piorou.
 
15 de Março de 2011

Maria Letra
Enviado por Maria Letra em 15/03/2011
Reeditado em 15/03/2011
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