Eflúvio corporal

Resta crer que o amor não suporta a solidão

É a pura luz que reflete da minha eivada flor

E desperta-me para experimentar toda a dor

Do sentimento terreno que supõe imensidão

Tempo feliz que transpassa-me de grilhões

Parece que nunca se acaba, triste é a ilusão

No final derrama-se na terra aos borbotões

Sentimento assim foge a toda compreensão

Aspira divindade no que só tem de humano

Entanto o sentimos, mesmo sem esperança

De que nos possa conduzir a um outro plano

Vai além da nossa capacidade de percepção

Quem experimenta acaba qual doce criança:

Com a mente suspensa e devastado coração.

Brasília-DF, 15 de março de 2011.

Claudio Reus
Enviado por Claudio Reus em 14/03/2011
Reeditado em 08/09/2011
Código do texto: T2848581
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