A CARA
Vez
ou outra
(na vez)
- e quem não peca
mais de uma
ou três ? -
Vez
ou outra,
insisto,
percebo-me em cotovelos,
umbrais de janelas antigas,
e antes que me digas
que ao zinabre
rendem-se velhos cadeados,
digo-te:
De tempos em tempos,
até mesmo O Tempo,
em crise terminal,
espelha-se em gotas quase secas
de poças do Passado
e se questiona:
Em qual espelho,
afinal,
estaria a cara do meu espelho real?
Vez
ou outra
(na vez)
- e quem não peca
mais de uma
ou três ? -
Vez
ou outra,
insisto,
percebo-me em cotovelos,
umbrais de janelas antigas,
e antes que me digas
que ao zinabre
rendem-se velhos cadeados,
digo-te:
De tempos em tempos,
até mesmo O Tempo,
em crise terminal,
espelha-se em gotas quase secas
de poças do Passado
e se questiona:
Em qual espelho,
afinal,
estaria a cara do meu espelho real?