Poema
É preciso acalmar o mundo
Ouvir seu interior
Sentir com patas de elefante
O terremoto triste
Doloroso- em agonia
De adeus sofrido - distante
Preciso e urgente
Ameigar o sol
Equilibrar às chuvas
Sonhar o vento
Limpar o ar
Tornar a paz - fecunda
(As flores são os olhos limpos da aurora)
É preciso deter a substância bruta
Da impiedosa rapidez onipresente
Da desigualdade competitiva
Do querer sem contentamento.
É preciso acalmar a terra se partindo
O mar se erguendo
É preciso amar a terra
Voltar a terra antes do último sol poente.