UM DESTINO ENTRE OS VENTOS DE OUTONO
ENTRE OS VENTOS DE OUTONO
Destino... ouça minha voz. Escute-me com ternura!
Trago novamente nas mãos somente o silêncio e diante de ti
Permaneço incrédula. Lamentos, um canto de dor
Há uma sombra de tristeza selando agora os recados deixados
Todos de ausência, datados por horas, jurados de amor.
Oh Destino não sedes cruel. Veja por si mesmo!
As violetas murcharam e tristes desfalecem sem cor
Seria demasiadamente penoso regar as folhas sem vida
Reviver novamente o perfume das pétalas...
Hoje lágrimas, uma a uma gotas de dor.
Destino, onde acomodastes meus sonhos?!
Eles eram grandes e aos poucos foram se perdendo de mim
E de repente voaram como pássaros
E ficaram distante tão distantes feitas estrelas...
Tu bem sabes, todos que sonhei
Ah, pudesse eu colher estrelas.
Eram tantos desejos nascidos do amor de nós dois
Eram tantas as cores, as canções, os beijos, os amores....
Queria poder dizer-te de todo esse amor que guardei
Queria poder trazer-te novamente dentro de um poema
Rever a luz do teu sorriso e realizar o sonho que sonhei
Destino... oh Destino... seja qual for a sentença
Registre em forma de versos a minha pena
Que seja minha saudade então um lindo poema
Uma poesia que renasça no último sol de verão
E que vai morrendo... ainda ardente entre os ventos de outono.