MADRUGADA
Passa o frio vento da madrugada por sobre os cílios
Fecham-se os olhos, não são empecilhos
Acorda a manhã de luz na estrela
Eis a alvorada
Celebrando outra vez a capacidade da vida
Em azular e tingir de suavidade as paisagens por toda parte
Mesmo que em algum lugar a destruição se firme
Mesmo que em alguma parte um filósofo cisme
Sobre as coisas que não compreende
E sobre a montanha indiferente ao corriqueiro