O Rei, o Decreto e o Inferno
É a história de um rei,
Rei que nunca serei,
Pois em minha caminhada,
Por seu pecado pequei
E minha doce amada,
Com grande pesar,
Abandonei
Aqueles muros
De abstrato concreto
Ainda hoje negam
Meus sorrisos sinceros
O rei não duvidou
De seu destino incerto
O rei nunca amou
Infeliz, por certo
E sozinho decretou,
Com ardor, no deserto
Que aquele que amar
Se refugie
No inferno!
O inferno é a ilusão
Daquele que dia-a-dia vive em vão
A esperar de uma nova estação
Um brilho no olhar
Alguém que lhe dê a mão
O inferno, meu caro amigo,
é ser sozinho com o umbigo,
Desejando, acalentando a oração
O verso a dois, mas o verbo não