No alto da montanha

Sentindo-me leve como uma pluma

Alço vôos até ao cume da montanha

Sob o céu claro sem nenhuma bruma

Fico feliz pela minha façanha.

Maravilho-me com uma choupana

Desgastada por vendavais da Vida

Serviu-me de abrigo a velha cabana

Onde humildemente fui acolhida.

A noite veio com minha solidão

Senti as estrelas mais perto de mim

Vi-me diante daquela imensidão

Desejei a visita de um querubim.

Entregue aos meus pensamentos dormi

Pela brisa do vento fui beijada

Sem medos, a liberdade senti

Por uma bela manhã fui acordada.

Meu corpo foi coberto pelo sol

Que afagou com leveza minha fronte

Desperta, ouvi o trinar de um rouxinol

Levantei e fui banhar-me numa fonte.

Em prece agradeci pelos momentos

De sonhar com uma nova aventura

Nutrindo de prazer meus sentimentos

Na tela mental fiz uma pintura.

Neneca Barbosa

11/03/2011