Queria que a poesia
Aquilo que não dizia
Não assim tão arredia
Dissesse que não diria
Ao cair dessa noite fria
Ao findar de mais um dia
Aquilo que mais doeria
Cor ardente melancolia
Aquilo que em poesia
É o que mais angustia
E o que mais entristecia
O que da poesia queria
Sem qualquer alegoria
A parte da alma vazia
Ao findar da noite sombria
No raiar de um outro dia
Aquilo que não cantaria
Não fosse o que silencia
Um não saber que sentia
Que em mais pura poesia
Eu não menos amaria
Deitar na letra fria
Tudo o que me extasia
Queria que a poesia
Naquilo que não queria
Fosse o que mais teimaria
E o que mais que tudo diria
Queria tudo em poesia
Esses pretéritos queria
Com futura nostalgia
Aquilo que não dizia
Não assim tão arredia
Dissesse que não diria
Ao cair dessa noite fria
Ao findar de mais um dia
Aquilo que mais doeria
Cor ardente melancolia
Aquilo que em poesia
É o que mais angustia
E o que mais entristecia
O que da poesia queria
Sem qualquer alegoria
A parte da alma vazia
Ao findar da noite sombria
No raiar de um outro dia
Aquilo que não cantaria
Não fosse o que silencia
Um não saber que sentia
Que em mais pura poesia
Eu não menos amaria
Deitar na letra fria
Tudo o que me extasia
Queria que a poesia
Naquilo que não queria
Fosse o que mais teimaria
E o que mais que tudo diria
Queria tudo em poesia
Esses pretéritos queria
Com futura nostalgia