EM NOME DE DEUS

Os sinais nos enforcam

como a compensar um sacrifício

e eu morro, ora dias, ora

aspas

meio fogo de vidro e carapuça

serpenteando os dogmas que estão

presos

na garrafa.

Os sinais tocam sobre as nossas cabeças

de Belém

e o peso que carrego nas costas é

una vaca

ora viva, ora morta

ora brinquedo de carnaval.

E sonho com o suor que cai do

rosto de dormir

da cama de osso

e morro enquanto sei se vivo

fosse.

(Obs.: poema publicado no livro Cúmplices).

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 13/03/2011
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