EM NOME DE DEUS
Os sinais nos enforcam
como a compensar um sacrifício
e eu morro, ora dias, ora
aspas
meio fogo de vidro e carapuça
serpenteando os dogmas que estão
presos
na garrafa.
Os sinais tocam sobre as nossas cabeças
de Belém
e o peso que carrego nas costas é
una vaca
ora viva, ora morta
ora brinquedo de carnaval.
E sonho com o suor que cai do
rosto de dormir
da cama de osso
e morro enquanto sei se vivo
fosse.
(Obs.: poema publicado no livro Cúmplices).