Palavras vazias
Quero escrever
Mas não sei por onde começar
Mesmo sem saber o que fazer
Deixo a caneta pelo papel deslizar
Em certos momentos
Uma explosão de idéias aparece
Outras vezes, não vem a cabeça quaisquer sentimentos
Isso me enlouquece!
Agora, estou escrevendo
Sem pensar no que vou fazendo
As palavras surgem aleatoriamente
E assim, organizo-as lentamente
Minha mente é preenchida com loucos versos
Completamente sem sentido
Pois escrevo sem me preocupar
E por isso, tudo vai ficando repetido
Esse vazio a minha volta
Vai se acabando
Enquanto o papel se completa
O poema vai terminando
Palavras soltas e versos sem coerência
São o que compõem essa poesia
Que não tem nenhuma referência
Pois surgiu de um lugar, onde não há nenhuma simetria
Continuo sem saber sobre o que escrever
Já nem consigo mais pensar
Se o leitor já não quiser mais ler
Até pode o papel rasgar
Acho que vou desistir
Talvez, seja melhor do que ficar escrevendo nada
Pelo menos, podemos refletir:
Até o nada e o vazio
Formam alguma coisa
Que pode se transformar em qualquer outra coisa
Mas o que poderia ser?
...
Tudo o que você quiser que seja
É só expressar do seu jeito
Mesmo que ninguém entenda
Independendte do que tiver sido feito
O vazio pde se tornar mais interessante do que uma lenda!
Vou parar por aqui
Não me cabe mais ficar enrolando o leitor
Se me preguntarem o que pretendi,
Direi: nada. São somente palavras vazias
Que cobriram o espaço em branco da folha
Com versos sem significado
Derivados de um ideal abalado
Esta é a última estrofe
Mas eu poderia ter terminado antes, não é?
Bom, agora o que me resta a fazer
É despedir-me, sem mais nada escrever