Ode do ilusionista
Preenchido o vazio, o espaço em branco deve estar
em algum lugar bem perto, tentando me encontrar
falar de amor é tão vago, quando já não se sente
já não faz mais falta o "contentar-se de contente"
E nesses dias úmidos, totalmente sem sentido
quando apenas sorrir parece proibido,
é que desisto da dor, apuro o ouvido
gasto toda a minha voz contigo.
E a presença do sentir retorna imponente
tentando encontrar um local mais quente
faz o sangue frio correr novamente
torna "existir" um pouco mais decente
Mas os devaneios sempre voltam atrás
o vazio retorna quando tu te vais
desisto da idéia de sermos iguais
entendo que não devo me entregar, jamais.
Esta guerra travada por mim, só pode ter um perdedor.