Ode do ilusionista

Preenchido o vazio, o espaço em branco deve estar

em algum lugar bem perto, tentando me encontrar

falar de amor é tão vago, quando já não se sente

já não faz mais falta o "contentar-se de contente"

E nesses dias úmidos, totalmente sem sentido

quando apenas sorrir parece proibido,

é que desisto da dor, apuro o ouvido

gasto toda a minha voz contigo.

E a presença do sentir retorna imponente

tentando encontrar um local mais quente

faz o sangue frio correr novamente

torna "existir" um pouco mais decente

Mas os devaneios sempre voltam atrás

o vazio retorna quando tu te vais

desisto da idéia de sermos iguais

entendo que não devo me entregar, jamais.

Esta guerra travada por mim, só pode ter um perdedor.

Saah Tavares
Enviado por Saah Tavares em 11/03/2011
Reeditado em 11/03/2011
Código do texto: T2842298
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