Realidade
Não há outra razão na vida
Além da própria existência
Já não temo nem mais a morte
É ela torna a vida tão valiosa
Do romantismo esperançoso
Só sobrou esta modernidade
E lançando-se ao esmo vento
As arrestas dos tempos futuros
Assim que existo de verdade
Apenas como um pensamento
E a realidade é só um sonho
Solta na vastidão do tempo...
Onde além de em si próprio
Poderá se encontrar abrigo
Para esta condição humana
Indigna do solo dos deuses?
Em que braços há fiel refugio
Se não se refugiar em si mesmo
Além da vida só há a morte?
E talvez após a morte, só a morte?...