Por Nostalgia!

No azul mais infinito que a luz verte,

Soltam-se amarras na nau estelar,

Chuva prateada no deleite da visão,

Esconde sobre as dobras, outra vez solidão,

Nova travessia a olhos lacrimejantes,

Horas de saudades, de escusas, de fome,

Tempos anônimos em trilhas escuras,

A forma obtusa que mal causa, secura,

Planos tardios de possibilidades finitas,

Toda recusa lamentada, outra hora gasta,

Soluções repentinas que inibem a vez,

Algoz destino, outras ondas trepidantes,

Descida, ermo de terra árida, tão fria,

Quando a noite se firma sem aconchego,

Um cheiro de água, mas tão distante,

No entorno, o grosso calibre da desolação,

Areia que se assenta, ventos calmos,

Mostra a alvorada na boa oportunidade,

Depois das lágrimas, o olhar está mais vivo!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 07/11/2006
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