Portas e portais.
Abro as portas, sinto o vento sussurrando.
A vida perfazendo-se entre dias nublados.
Não há muita luz e sinto frio...
A vida estagnada e eu sou rio.
Não sorrio,não há porquê.
Adentro portais,vejo a vida dos mortais a morrer.
A vida sofrer,a dor vencer sim, ela!
Estou entristecida,a vida envelhecida...
Há tanto desamor,dissabor!
Parece haver um torpor,humanidade entorpecida.
Humanidade empobrecida,sem forças e sem fé...
Esperando o quê? Como saber, se não crê?
Como enxergar o que não se vê com olhos carnais?
Quem dera eu pudesse abrir-lhes os olhos!
Quem dera eu soubesse o que fazer!
Os portais, as portas, mostram esperanças já mortas
Tanta solidão,Tanta fome e pouco pão, de perdão...
E nós pobres mortais! Só dores e ais,feridas expostas.
Ai de nós! Ai da Terra! Como sobreviver nessa selva?
Pobre humanidade, civilizada e tão selvagem!