Portas e portais.

Abro as portas, sinto o vento sussurrando.

A vida perfazendo-se entre dias nublados.

Não há muita luz e sinto frio...

A vida estagnada e eu sou rio.

Não sorrio,não há porquê.

Adentro portais,vejo a vida dos mortais a morrer.

A vida sofrer,a dor vencer sim, ela!

Estou entristecida,a vida envelhecida...

Há tanto desamor,dissabor!

Parece haver um torpor,humanidade entorpecida.

Humanidade empobrecida,sem forças e sem fé...

Esperando o quê? Como saber, se não crê?

Como enxergar o que não se vê com olhos carnais?

Quem dera eu pudesse abrir-lhes os olhos!

Quem dera eu soubesse o que fazer!

Os portais, as portas, mostram esperanças já mortas

Tanta solidão,Tanta fome e pouco pão, de perdão...

E nós pobres mortais! Só dores e ais,feridas expostas.

Ai de nós! Ai da Terra! Como sobreviver nessa selva?

Pobre humanidade, civilizada e tão selvagem!

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 11/03/2011
Código do texto: T2841451
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