Ato Falho I - Dois Minutos de Insanidade

Agora me vem de braços abertos

Querendo dar um paliativo ao irremediável

Pobres medíocres, seu discurso moralista

[não estanca minhas dores.

Me olham como um animal inferior,

Um protótipo de ser racional:

Acham que não sei amar.

Veem com facilidade o cisco em meus olhos

Mas não veem a trave que tolda os seus.

E agora só me resta dor

E tantos conselhos inuteis

E ânsias de ser o que era

Por que o que eu fui, não sou mais

Me decaptaram, me mutilaram

E me reconstruiram maneada em formas esdrúxulas,

Em conceitos falhos.

Desculpem-me, eu desconheço seus motivos

Afinal, eu sou só uma criança...

Danielle Lorenzi
Enviado por Danielle Lorenzi em 10/03/2011
Código do texto: T2840269
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