você
nada que explique,nada que defina
mar de morno carinho atravessando
o sertão do meu peito
sem licença,sem vergonha
presença feminina ,fantasia
debaixo de lençol
sem utilidade,sem razão
olhos de ternura me vêem de dentro
minhas melhores memórias
sem hora,sem dia certo
saudade do macio do teu corpo
beijo no escuro
sem tamanho,sem eira,sem beira
carícia líquida nas minhas últimas feridas
destinação do meu desejo
todos os lugares
todas as horas
todos os sentidos
todos os motivos
mais perto de mim do que minha própria pele
você