Chuva! Cai sem parar!

Batem levemente as gotas

Que do céu, caem sem parar

Transparentes, certas da vida...

À noite, já esta caindo, levemente

As nuvens são muitas negras e densas

Que cobrem meu quarto e pensamentos...

O intenso calor se faz sentir, os raios

Imensos no céu fazem a noite clarear

E levar para longe os fantasmas da vida...

As paredes do meu quarto, brancas

Contrastam com a noite escura

Deixando minha mente mais calma...

E caem sem parar as gotas de chuva

Cada vez mais velozes furiosas e sagazes

Rasgando a terra, afundando sem piedade...

Transpondo montanhas, vales e os rios

Que galgam suas margens e levam tudo

Pertences e historias com muitas lágrimas...

Lágrimas jorradas, olhos cansados

De tanto trabalhar e a chuva é cruel

Que não escuta a dor e o pesar da família...

Mas a chuva também é abençoada

Nas terras que nunca são irrigadas

Onde o pasto seco mata o gado a sede...

Onde os rios secam e gritam no desespero

Que seus filhos amados, morrem de sede

Afinal a chuva é ouro e vida aqui...

Bate a chuva no telhado, a noite desce

Eu aconchego nos meus lençóis, agradecida

Vou cobrir a minha menina e cai a chuva...

Vai dormir que a noite ainda é longa

Ora e vigia não se esqueça de agradecer

Que a chuva que cai vai matar a tua sede...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 10/03/2011
Código do texto: T2839123
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