MOTE
Eu vi um pombo tão triste
Quis saber qual a razão;
Nem sequer quis o alpiste.
VOLTAS
Pobrezinho do pombinho
Com olhar assim perdido.
Quis saber do acontecido;
Esqueceu-se até do ninho
E do alpiste no caminho.
Ele viu o seu amor
Com novo admirador;
Seu coração disparou.
Não há nada que melhore;
Mesmo que a alma evapore,
Que faça o pombo voar
Pra outro amor encontrar.
Fica, ali, no abatimento...
Sem amor, alimento, alento.