Almas deletadas
"Duas almas deves ter... / É um conselho dos mais sábios / Uma, no fundo do Ser / Outra, boiando nos lábios!" (Raul de Leoni)
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E o que faço,
enquanto te amasso,
nessa nova forma de amar,
entre teclas sem braços!?
Assimilo poeticamente
que devo sobreviver
nos desencontros das almas?
Uma,
caçadora da minha cara-metade,
outra,
a caça dos virtuais entre armadilhas
de lábios sorridentes.
Fuga e refúgio sem volta
nos sítios virulentos
de mentiras convencionadas.
Caça e caçadores,
Sem rosto, sem sorriso...
Sem o gosto do suor
dos inconformados
na ausência de corpo.
Amor virtual!
Ausência do ser rumo
a morte anímica fútil
em a ressurreição do inútil...