Entre um mundo e outro.

Coloco-me sobre a velha ponte

Ereto, mudo, pensante...

Prendo-me a voz do vento

No silêncio sinto cada toque

A natureza em teu propósito

Alivia minha alma! Entregando-me,

Ao som a calma, de uma canção

Vinda das entranhas sonoras da vegetação...

São pássaros e seus gorjeios...

São arvores que se misturam aos galhos,

A um abraço fraterno, quase que eterno...

As variantes são infinitas aos meus olhos,

Minhas pálpebras, meus tímpanos.

Ainda me vejo rio acima,

Espelho-me nas águas, vendo-me,

as folhas que vindas dos montes

Ancoram em minhas margens.

Em um piscar de olhos,

Volto para a velha ponte

Ereto, mudo, pensante...

...........” Catarino Salvador “.

POSTADO, NO JORNAL O REBATE, EM 07/07/2008.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 09/03/2011
Reeditado em 09/03/2011
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