Como se o tempo se eternizasse
Na beirada do presente e tu viesses
Tal veludo e quente como ardente foz...
Como se um poema viesse aos olhos
Debruado das tuas sedas e cetins
Exaurindo todo pranto algoz...
Como se um lago de luz renovasse
Todas as tuas estrelas e eu as guardasse
Assim, no recôndito do meu riso aceso...
Como se a solidão se calasse
E o teu Sol viesse como chama
Luz do teu corpo que ama sem medo...
Porque és de fato entronizado
Na memória de meu coração.
Karinna*