O POEMA

O poema comeu a

vida

os espinhos ficaram

na garganta do

sonhador.

Pelas tabelas caíram

as palavras

surdas e magras

prenhes pelas margens do

corredor.

Livre da indigesta

comida

o poema jogou a

semente nas costas do

criador.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 08/03/2011
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