Seu nome é Poema

O Poema põe a mesa

Bebe o leite imaginando

De que forma a vaca o forneceu

Estaria ela contemplando

Mais um nascer do sol?

Ou o desabrochar de mais uma flor?

O Poema se veste e coloca seu cachecol

Quer se proteger das pessoas

Que se sugam entre si

Tudo pelo interesse egoísta

Usar, usar e depois descartar

Essa é a regra que ele observa.

O Poema é visto nas ruas

Mas ninguém repara atentamente nele

Ele faz um verso de cada rosto que ele vê

Uns rimam, mas outros não tem ritmo

Agora o Poema está apressado

Precisa chegar na gráfica uma página.

O Poema chegou a tempo

Seus versos são fortes, mas também delicados

Tem a sustância do leite

E a sutileza de uma pétala

Quem o lê se identifica

Pois fala ao coração de cada um.

05/03/2011

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 07/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2833395
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