Seu nome é Poema
O Poema põe a mesa
Bebe o leite imaginando
De que forma a vaca o forneceu
Estaria ela contemplando
Mais um nascer do sol?
Ou o desabrochar de mais uma flor?
O Poema se veste e coloca seu cachecol
Quer se proteger das pessoas
Que se sugam entre si
Tudo pelo interesse egoísta
Usar, usar e depois descartar
Essa é a regra que ele observa.
O Poema é visto nas ruas
Mas ninguém repara atentamente nele
Ele faz um verso de cada rosto que ele vê
Uns rimam, mas outros não tem ritmo
Agora o Poema está apressado
Precisa chegar na gráfica uma página.
O Poema chegou a tempo
Seus versos são fortes, mas também delicados
Tem a sustância do leite
E a sutileza de uma pétala
Quem o lê se identifica
Pois fala ao coração de cada um.
05/03/2011