Obreiro e a madame

Obreiro: Bom dia senhora Maria,

Como vai seu amado marido?

Diz que já estou trabalhando

E que para mim isso é brincadeira.

Madame: Por que? Está muito fácil?

Não é motivo para se achar,

Pois tem muito que trabalhar

És preguiçoso, ignóbil.

Obreiro: Eu sou o quê? Por que o falar difícil?

O que eu disse não é motivo de ficar zangada,

Você também não foi nada educada,

Completamente infeliz.

Madame: Não me importo, vai fazer o que hoje de tarde?

Não agüento mais essas horas fastidiosas,

Preciso de emoção, me senti mais excelsa,

Ouvir falar muito de sua virilidade.

Obreiro: Olha ai a dama da sociedade,

Não pode ver um bom peão,

Assim esquece do marido por causa do tesão,

Mas o que importa não é a felicidade?

Madame: Então está marcado, três horas.

Vou estar deitada na cama,

Venha e apague essa chama,

Que me faz fazer cada loucura.

Obreiro: Quando vai chegar o seu marido?

Não quero perde o trabalho,

Para as crianças quem vai comprar o alho?

Os meus filhos já são um pouco desnutridos.

Madame: Não se preocupe homem,

Ele vai passar o dia todo fora,

Só vai chegar às dez horas

E com isso podemos aproveitar, meu bem.

Obreiro: A senhora que manda,

Apenas obedeço,

Escravo do desejo.

Henhippe
Enviado por Henhippe em 06/03/2011
Código do texto: T2832599
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.