Do novo Ser ao Ser novo.
Dos momentos de romances
Das alegrias e do prazer
Das danças e suas nuances
Acontece o início de um ser.
Pequenino e na forma é limitado
Ganha o tempo e se põe a crescer
Já então é muito querido e amado,
Antes de nesse mundo aparecer
Espera o tempo com real paciência,
Por não poder mesmo antecipar.
Aos poucos toma sua consciência
Até a hora de nascer e chorar.
Cresce cercado de cuidados e carinhos
Faz peraltices e começa a balbuciar;
É a estrela maior de qualquer ninho
Diz “papá” e “mamã” e começa a "dandá"!
Não sabendo da semana qual o dia,
Sempre é hora de sorrir e brincar
Passa o tempo, e conhece a “tia”
Que lhe ensinará o bê-a-bá.
Sem pensar no tempo que se esvai
Entre dias, semanas, meses e anos
Querendo ou sem querer, ele vai
Enfrenta prazer, alegria e desenganos
Hoje relembrando datas passadas,
Sente saudades, guarda lembranças,
Brincadeiras, fatos, pessoas amadas.
Quanta beleza tem o ser criança!
Quisera, ah eu quisera entrar
No túnel do tempo, o mais feliz,
À infância correndo voltar
E fazer de novo tudo que fiz!
Porém o tempo, este implacável
Senhor dos dias que temos nós
Com seu repetir sempre incansável
Ganha dos jovens, adultos e avós.
Ele mostra, com sua paciência
O que é saber o que se quer.
Nem mesmo o homem ou a ciência
Fará do Tempo o que ele não é.
Sejamos breves, aproveitemos os segundos
Que juntos transformam minutos seguidos
Em horas, meses e anos. Governam os mundos
Desde os tempos dos mais longe idos.