DILEMA
Tentando me espressar graficamente
E o dilema maior em minha mente
As letras não desgrudam de minha mão
Não vem sequer alguma inspiração
Faltam os sonhos fantásticos para descrever,
Amores impossíveis para decantar
Musas angelicais ou fatais para desejar
Não se sente sequer do mar a bruma
Nem das flores essência alguma
Não se dispõe da inocência da criança,
Nem da malícia dos lobos namorando a lua
Sem rimas, sem métricas e sem paixão
E o vento não canta nenhuma canção
Nem refrigera a alma leve e nua
Hoje não há passarinhos na janela,
Girassóis ou estrelas cadentes
Faltam fantasias e emoções,
Escasseia-se a imaginação fremente
Não há assunto nem tema
_ Como, meu Deus,fazer poesia?
A necessidade me afronta
Estou totalmente pronta
E a mão tacitamente alheia a tudo isso
Despreocupada escreve esse poema.
(Irene Cristina dos Santos Costa – Nina Costa, 25/02/2011)