“ ...para nem me sentir viver, para só saber de mim nos olhos dos outros, refletido”. Alberto Caeiro
Versos ao vento
mudei de ares e rumos
mudei trajetos e ritos...
trago comigo meus pássaros
abrigo o céu que os liberta
sonhos inquietos pairam
entre flores e setas...
na paisagem do espelho
a alma respira fundo
funde-se num outro tempo
para trazer-me de volta
como se existir
ainda fosse possível...
o amor devora a face
os ossos, o pensamento
percorre artérias da noite
ecoa em versos
ao vento.