“ ...para nem me sentir viver, para só saber de mim nos olhos dos outros, refletido”. Alberto Caeiro

Versos ao vento

mudei de ares e rumos
mudei trajetos e ritos...
trago comigo meus pássaros
abrigo o céu que os liberta 
sonhos inquietos pairam
entre flores e setas...

na paisagem do espelho
a alma respira fundo
funde-se num outro tempo
para trazer-me de volta
como se existir
ainda fosse possível...

o amor devora a face
os ossos, o pensamento
percorre artérias da noite
ecoa em versos
ao vento.
 

 

Isabel Campos
Enviado por Isabel Campos em 05/03/2011
Reeditado em 08/07/2012
Código do texto: T2830105
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