Vento

Sentidos perdidos

Como algas na correnteza...

Passam pelo desejo e vão

sem mágoas ou tisteza...

Num desfolhar sutil

o chão fica coberto

depois da ventania

tudo seco disperso

No anseio pela relva

Pelos campos afora

as dríades cantam forte...

Balaçam no ressoante sopro do céu

e escondem suas formas com folhas repostas...

E logo as flores vêem

um colorido supremo

Um perfume suave...

e o encanto se vai...

Sempre assim...

um dia apos o outro...

Novo de novo

a saudade já não sabe

e dói...

e o vento levou

o doce aroma dos campos

junto ao vento que espalhou

as folhas do outono...

foi...

Iara Knabben
Enviado por Iara Knabben em 05/03/2011
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