Quietude
A energia transcende parágrafos
E relata o verbo sem misericórdia,
Tantas rimas sucumbem nas linhas
E os enforcados gêneros suplicam paz.
Estrofes nos pêndulos abissais trazem ecos
Das penas que tumultuam os céus distantes,
O pó do etéreo prisma traça o deserto
Para morrer sob águas cristalinas.
Sufocada as páginas tangem os ventos
Um velho caderno baila ao sol poente,
Triste as folhas navegam pelos quintais
Num sonho contundente e desolado.
A tempestade exerce a poesia
E a chuva humildemente amaina
O furor da escrita
Concedendo o silêncio de estrelas...