Quietude

A energia transcende parágrafos

E relata o verbo sem misericórdia,

Tantas rimas sucumbem nas linhas

E os enforcados gêneros suplicam paz.

Estrofes nos pêndulos abissais trazem ecos

Das penas que tumultuam os céus distantes,

O pó do etéreo prisma traça o deserto

Para morrer sob águas cristalinas.

Sufocada as páginas tangem os ventos

Um velho caderno baila ao sol poente,

Triste as folhas navegam pelos quintais

Num sonho contundente e desolado.

A tempestade exerce a poesia

E a chuva humildemente amaina

O furor da escrita

Concedendo o silêncio de estrelas...

Leandro Louback
Enviado por Leandro Louback em 05/03/2011
Código do texto: T2829710