Um grito de Alerta
Um grito de alerta
Que ecoa por entre os galhos.
É a vida,
No limiar de sua paciência.
Agonizante,
Pede passagem
A caminho da consciência
Obstruída pela ambição.
A sua pátria, o seu torrão
Será literalmente torrão??
E o teu sentimento?
É somente o verbo ter?
A vida anseia por vida
Pra te dar vida;
A vida que destrói.
Na mira dos seus olhos
O horizonte
Já não é o mesmo
Somente túmulos.
Ali está o seu, perpétuo.
Não se ouve mais
O barulho do vento
Como o era antes
Pois não ecoa mais
Por entre os galhos,
Por entre as folhas.
Só um grito.
Na selva de pedra,
Que salienta o egoísmo,
Devasta a alma,
Não é possível
Que não ouves
A voz do subconsciente
Pois o seu Deus
É o mesmo Deus
Daquilo que havia
Na linha do horizonte,
Onde o vento ecoava
Numa alegre canção
Emanando a essência,
A razão de tudo,
Que hoje grita, na voz do silencia,
Um grito de alerta