Um grito de Alerta

Um grito de alerta

Que ecoa por entre os galhos.

É a vida,

No limiar de sua paciência.

Agonizante,

Pede passagem

A caminho da consciência

Obstruída pela ambição.

A sua pátria, o seu torrão

Será literalmente torrão??

E o teu sentimento?

É somente o verbo ter?

A vida anseia por vida

Pra te dar vida;

A vida que destrói.

Na mira dos seus olhos

O horizonte

Já não é o mesmo

Somente túmulos.

Ali está o seu, perpétuo.

Não se ouve mais

O barulho do vento

Como o era antes

Pois não ecoa mais

Por entre os galhos,

Por entre as folhas.

Só um grito.

Na selva de pedra,

Que salienta o egoísmo,

Devasta a alma,

Não é possível

Que não ouves

A voz do subconsciente

Pois o seu Deus

É o mesmo Deus

Daquilo que havia

Na linha do horizonte,

Onde o vento ecoava

Numa alegre canção

Emanando a essência,

A razão de tudo,

Que hoje grita, na voz do silencia,

Um grito de alerta

Roberto Santos
Enviado por Roberto Santos em 05/03/2011
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