Poético sofrimento silencioso
Dedicar-te um amor reservado,
poético sofrimento silencioso...
Sonhar seus olhos, só em sonhos e pensamentos,
sentir seu cheiro de há muito tempo atrás
quando falar seu nome pra mim mesma,
fechada em meu quarto vazio...
Amar-te em pensamentos,
idolatrar suas façanhas por mim criadas,
amar alguém que penso ser você ou próximo disso...
Rabiscar seu nome pelos cantos,
marcar “nosso amor” nas paredes,
estampar seu rosto e seus gestos (tão distantes) por toda parte,
tatuar seu nome em meus dedos e mãos e tornozelos...
Percorrer as ruas de sua casa, em silêncio,
sem ninguém chamar, sem a ninguém dizer,
lembrar seu suor em meu corpo,
seus olhos na penumbra daquela madrugada,
chamar-te, de vez em quando,
para dizer que senti saudade e ouvir uma piada.
Sentir o coração apertar cada vez que ouvir falarem de você,
cada vez que você disser que vai para a terra do sol,
cada vez que ouvir uma história sua,
cada vez que olhar sua foto (cena tão distante).
Eu quero ver claramente...
Sinto tudo tão distante (em tão pouco tempo)!
Parece que o mundo se fechou sobre mim.
Não me lembro bem do que aconteceu.
De repente meus sentimentos foram manchados,
nossa paz foi quebrada,
nosso gostar foi maculado... e ...
e eu não me lembro do que aconteceu antes!
Faz tão pouco tempo!
Foram tão poucas mudanças...
me abalaram...
meu coraçãozinho está abalado.
Não consigo continuar o poema.
Não consigo continuar minha vida.
Espere...
...