Dor insana
Quisera conhecer sua sepultura
Quem sabe cessaria o pranto
Volto sempre ao contraponto
Imbuído em abundante sofrimento
Tanto tempo tenho travado
Em meu lamento contido
Fingindo para meu o lado
Que não o tenho sentido
Quero curar-me desta dor insana
Mas serviria morrer-me desta
Como dizer que não se morre de amor
Se morro agora na furiosa aresta
Todos os dias apagam-me
Todos os dias anulam-me
O sorriso fere minh’alma
Pela espera de amar o nada.
Pedra Mateus