Dor insana

Quisera conhecer sua sepultura

Quem sabe cessaria o pranto

Volto sempre ao contraponto

Imbuído em abundante sofrimento

Tanto tempo tenho travado

Em meu lamento contido

Fingindo para meu o lado

Que não o tenho sentido

Quero curar-me desta dor insana

Mas serviria morrer-me desta

Como dizer que não se morre de amor

Se morro agora na furiosa aresta

Todos os dias apagam-me

Todos os dias anulam-me

O sorriso fere minh’alma

Pela espera de amar o nada.

Pedra Mateus

André Fernandes e Pedra Mateus
Enviado por André Fernandes e Pedra Mateus em 04/03/2011
Reeditado em 10/03/2011
Código do texto: T2827503
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