Rebento

Cura, onde estás agora?

Minha alma agonizara outrora;

Pensei não resistir,

Mas não me despedi da vida, não a deixei partir

Solidão, solidão pacata

Suportei-te por ser uma tola insensata;

Eu não soube guardar a felicidade

Que infeliz fugiu-me com velocidade

O descuido deixara a gaiola aberta

A esperança fora liberta;

Embora, foi-se voando

Ao longe, se segmentando

Semeei e não pude colher

Carreguei fardo sem remetente

Assisti meu declínio transcorrer

Minha languidez fez-me incompetente

O rebento da noite chegará

Renascer magnífico presenciarei

Vigiarei sonhos belos e pesadelos lúgubres

Ao acordar, renascida serei

(19/10/10)

Larissa de Moura
Enviado por Larissa de Moura em 03/03/2011
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