Rebento
Cura, onde estás agora?
Minha alma agonizara outrora;
Pensei não resistir,
Mas não me despedi da vida, não a deixei partir
Solidão, solidão pacata
Suportei-te por ser uma tola insensata;
Eu não soube guardar a felicidade
Que infeliz fugiu-me com velocidade
O descuido deixara a gaiola aberta
A esperança fora liberta;
Embora, foi-se voando
Ao longe, se segmentando
Semeei e não pude colher
Carreguei fardo sem remetente
Assisti meu declínio transcorrer
Minha languidez fez-me incompetente
O rebento da noite chegará
Renascer magnífico presenciarei
Vigiarei sonhos belos e pesadelos lúgubres
Ao acordar, renascida serei
(19/10/10)