DEMÔNIOS INTERIORES
Meus demônios interiores
Vivem em cisternas estigmatizadas
Existem em pergaminhos mofados
Resistem em poços artesianos de artérias humanas
Estão cravados do pré-terra ao pós-guerra
Reviram obliquamente em cova rasa a sete palmos
Escondem-se em grutas subterrâneas e subcutâneas
Correm nus em túneis estreitos, inóspitos e sufocantes
Jazem sorumbáticos em livros com páginas amareladas
Pelo tempo
Que a tudo perdoa
Que a tudo leva
Que a tudo transcende
Que a tudo transforma
Em sequelas
Ah, meus demônios são meus melhores amantes
Pesam como os tais paquidermes elefantes
E são leves como espumas flutuantes
Meus demônios só não são e nunca estão é distantes.
Meus demônios interiores
Vivem em cisternas estigmatizadas
Existem em pergaminhos mofados
Resistem em poços artesianos de artérias humanas
Estão cravados do pré-terra ao pós-guerra
Reviram obliquamente em cova rasa a sete palmos
Escondem-se em grutas subterrâneas e subcutâneas
Correm nus em túneis estreitos, inóspitos e sufocantes
Jazem sorumbáticos em livros com páginas amareladas
Pelo tempo
Que a tudo perdoa
Que a tudo leva
Que a tudo transcende
Que a tudo transforma
Em sequelas
Ah, meus demônios são meus melhores amantes
Pesam como os tais paquidermes elefantes
E são leves como espumas flutuantes
Meus demônios só não são e nunca estão é distantes.