FRESTA DA JANELA

O fio de luz na fresta da janela

nos entremeios da janela do quarto uma pequena fresta d eluz se faz saliente

quebra a harmonia do escuro

toca os olhos dantes fechados durante a noite

cerrados em meio ao dormir e abertos com aquela claridade a se revelar

um ponto

talvez insignificante em meio a escuridão

mas que se fez notar

Um ponto de luz

que cutucou o silêncio da noite

e revelou uma noite falante

reflexiva

um silêncio iluminador

Um ponto de luz na fresta da janela

que revela

desvela

desnuda

toda a escuridão do quarto

toda a acomodação do corpo

e anestesiamento do espírito

Luz gritante numa simples fresta

que chacoalha a alma

e diz a esta

dormes mas não és morta

és viva e reluzente em meio a escuridão do dia

e a claridade da noite

Luz na fresta da janela

luzes nos recônditos das florestas internas

do labirintos

e obstáculos das dúvidas humanas

luz entrelaçada no suspiro do vento

na brisa suave

que reluz na terra de nossa existência...

Ana Lú Portes, Juiz de Fora, 01 de março, 2011

Ana Lú Portes
Enviado por Ana Lú Portes em 01/03/2011
Código do texto: T2822442
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.