E morrer nas tuas verdes colinas...
21/08/2003
Os tons alaranjados, ocres e castanhos;
As casas caiadas de lavanda e verdes serras,
Salpicam os torrões das minhas nobres terras,
Povoadas pelos pastores e os seus rebanhos.
Pairam no ar, perfumes de amarelos torrados,
Arraigando o azul, debruçado nas janelas!
Não existem, alhures, paisagens tão belas,
Nem almas, que não sucumbam aos seus chamados!
E os rios, ao longe, correm nos seios da montanha,
Desordenados, matreiros, cheios de vida...
Correm a inundar a minh’alma, ressequida
Pela saudosa fragrância que hoje me entranha!
Voltarei aos teus pés, nos braços das boninas,
Refrescar-me-ei na fonte do amor, que eu levei
em gotinhas d’água. Quando volto? Não sei...
Só sei que morrerei nas tuas verdes colinas!