POBRE GROSSEIRO E SANTO
TEATRO
MOR
Porque seria ele pobre
Pela falta de recurso.
Ou por não ser esnobe
Por falta de um curso.
Porque seria ele grosseiro
Pela pouca assistência.
O palco seria o picadeiro
Do povo simples paciência.
Um palco com velha cortina
Apoiada e pequenas roldanas.
Movida por corda bem fina
Que trancam pela má fama.
Do camarim ao palco
Do ensaio muita coragem.
Nem mesmo é um recalco
Daquela pouca maquiagem.
Atores vivem seu tempo
Naquele belo altar.
Santo por um momento
A peça representar.
Pequena platéia comovida
Aplaude até de pé.
Pouca gente ali reunida
Os atores até tem fé.
São José/SC, 28 de fevereiro de 2011.
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