Restavam ali,
deixadas num prato sobre a mesa,
migalhas de um amor dormido,
duas xícaras de lembranças mal tomadas,
uma taça de paixão deixada pela metade
e uma última garrafa de amor derramada.

Tudo o que restava ali era sobejo.
O doce beijo da morte
na morte de um desejo,
ainda não saciado,
com ensejo de esquecimento.

As sobras postas de um banquete
em que entro com fome
e de que saio com sede.

 
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 28/02/2011
Reeditado em 29/07/2021
Código do texto: T2819288
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