UM POEMA, TALVEZ...

Tens a carne e o verso

A alma e o sonho impresso;

A manhã e vento,

A tarde e o rio cinzento,

A noite e o último lenço.

Tens a carne que sangra ao sol,

As horas que te enforcam com um nó;

A incerteza e a terceira estrada,

A escrivaninha e a poesia roubada.

Sentes que nada pedes, além de ti próprio

E mais umas impulsivas tragadas de ópio.

(Luciene Lima Prado)

Luciene Lima Prado
Enviado por Luciene Lima Prado em 27/02/2011
Código do texto: T2817669
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