UM POUCO MAIS
Queria me despir de mim
por na imensidão um fim
Romper de vez comigo mesma
de não ter mais clareza ou incerteza
Queria por a mão por dentro
e num gesto brusco
arrancar o coração - a alma - o tudo
Não calar mais o absurdo
Tampouco sentir o que me é profundo
Queria desnudar o destino
abandonar a lucidez e me entregar ao desatino
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Essas coisas todas...
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Porque eu amo infinitamente o finito,
sem dúvida não quero nada ou coisa alguma
Porque quero tudo, ou um pouco mais,
se puder ser...Ou até se não puder ser...