Chega aqui, vem escutar a chuva.

Assiste, dançando em seus encantos

os respingos de melodias em cantares.

Trovejando constância, ritmos das águas,

a chuva lança prateados riscos pelos ares

e vai pranteando quem soluça mágoas,

já libertando os que sufocam prantos.

Sem pedir licença desperta nostalgias,

deitando-se pelo chão de seus compassos

em vozes recitando as mais puras poesias,

caindo em mistérios que cercam os espaços.

Chega mais. Escuta o amor nestas baladas

que anunciam uma vida na passagem

e ouve nos sons desta noite atormentada,

sonhos que a chuva leva-te em mensagens.

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 04/11/2006
Código do texto: T281694