VERSOS BÁRBAROS (Versão em Redondilhas Maiores)

Que belo mundo, poeta,

a receber tua essência!

Em matinal florescência,

o sol vital vem, afeta

a tua verve dileta,

a pulular doce ardência!

E a tua infante consciência

a cinzelar verso, a meta...

Nado em lagoa de prata,

em brisas, cheiros de infância...

Na luz, total rutilância,

a vida dócil e exata...

Cor que a saudade retrata

e traz, encurta a distância

entre sonhar, circunstância...

Ah, poesia acrobata!

Um devaneio vivido

às asas d'alma do sim...

Leve bailar colorido

em vicejante jardim,

que é cultivado por anjo

e flore por toda vida...

Ora na dor espancado,

ora beijado em amor...

Por emoções, embalado

em fantasias, candor...

Sina de ser um arranjo

a ornamentar esta lida!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 26/02/2011
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T2815664
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